21 de mar. de 2010

UEE-SP apoia: Manifestação contra a emenda Ibsen reúne 150 mil pessoas

RIO - A manifestação convocada contra a aprovação da emenda Ibsen, que diminui os royalties do petróleo para o Rio de Janeiro, reuniu uma multidão no Centro da cidade no final da tarde desta quarta-feira e paralisou o trânsito na região. O balanço divulgado à noite pela Polícia Militar do Rio informou que 150 mil pessoas estiveram presentes. Foi a maior passeata no estado desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992.



O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que convocou a manifestação, reuniu-se no palco da Cinelândia, com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que agradeceu a participação da população, que começou a se dispersar ao final da passeata, devido à forte chuva.
Em entrevista coletiva durante o evento, Cabral falou que milhares de pessoas demonstraram amor ao Rio de Janeiro, mesmo sob a forte chuva que caiu nesta quarta-feira. Ele agradeceu a contribuição significativa do Espírito Santo no protesto. Já quanto à participação de São Paulo, disse: "vamos ver".

- Tivemos uma grande demonstração de unidade e mobilização no Rio de Janeiro. Não sei se foram 50 mil ou mais pessoas na manifestação. Só sei que todos demonstraram amor ao Rio - afirmou, referindo-se à polêmica sobre o número de manifestantes contabilizado pela Polícia Militar e pelas entidades que participaram do protesto.
Antes de subir ao palco, Cabral, Paes, a ex-governadora e prefeita de Campos Rosinha Garotinho e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), caminharam um trecho da Avenida Rio Branco juntos.
Rosinha Garotinho não gostou da determinação do governador do Rio de que não haveria discursos políticos durante a manifestação. Ficou decidido que apenas o prefeito da capital falaria. Para ela, esta decisão tirou a força política do movimento, que é político. A ex-governadora disse ainda que Campos trouxe 10 mil pessoas e mais de 200 ônibus para o protesto.
- Decidimos que isso não seria uma festa de discurso, mas seria uma festa com a cara do Rio, com muita música e generosidade - declarou Paes.
Segundo o governador do Rio, a sugestão de não haver discursos no palco montado na Cinelândia veio de Hartung e foi aceita por outros políticos e entidades presentes.
Cabral afirmou ainda que não se incomoda em negociar a distribuição dos royalties no pré-sal não licitado, mas não aceita mudança no pós-sal e no pré-sal já licitado. Ele lembrou que no fundo de participação do estados, novo critério de distribuição, o Rio é o 20º em recebimento de recursos, embora seja o 2º em contribuição.





Fonte: portal O Globo, por Bruno Villas Bôas

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