29 de set. de 2009

DIPLOMACIA BRASILEIRA PEDE MAIS ENVOLVIMENTO DA ONU EM HONDURAS





Em carta enviada nesta segunda-feira (28) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a diplomacia brasileira voltou a manifestar sua preocupação diante das ameaças feitas ao governo do Brasil pelo regime golpista implantado em Honduras e liderado por Robero Micheletti, com a deposição do presidente eleito Manual Zelaya.


Na carta, a representante permanente do Brasil na ONU, a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti, afirma que o ultimato de Micheletti é algo preocupante, bem como as medidas restritivas adotadas durante o final de semana. O documento sugere que o conselho deve se manter atento ao desenrolar dos fatos e tomar as medidas que então considerar apropriadas e oportunas.


No domingo (27), Micheletti - ex-presidente do Congresso que assumiu o poder logo após a deposição de Zelaya, em 28 de junho passado – ameaçou ignorar a imunidade diplomática da embaixada brasileira em Tegucigalpa e fechá-la, caso o Brasil não defina, em dez dias, o status do presidente deposto, abrigado no prédio desde que retornou ao país, na semana passada. Na segunda, militares fecharam uma emissora de rádio e uma de TV que apoiavam Zelaya, estabelecendo a censura aos veículos de comunicação social.


De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, os últimos fatos são “graves” e demonstram a “surdez” do grupo de Micheletti às manifestações da comunidade internacional que, de maneira irrestrita, repudia o que classifica como um golpe de Estado, pedindo a volta de Zelaya ao poder.


“O Brasil, por uma situação que não criou, virou praticamente guardião do presidente democrático [Zelaya]”, disse Amorim durante entrevista coletiva, em Brasília. “Seria muito fácil para nós simplesmente retirarmos os três funcionários brasileiros da embaixada, mas não podemos fazer isso. Primeiro porque seria covardia, e segundo porque seria um gesto de desrespeito à própria democracia e um incentivo a outros golpes de Estado no continente”, afirmou o chanceler.


Amorim disse se negar a discutir a hipótese de o governo brasileiro atender a qualquer ameaça feita pelo atual governo hondurenho, “uma coisa absurda e um ultimato ilegítimo”, mas afirmou que, diante dos últimos fatos, “talvez fosse interessante o maior envolvimento das Nações Unidas, mas a forma como isso ocorrerá eu sinceramente não sei dizer”.
A gestão diplomática não se limitou à carta enviada ao Conselho de Segurança. Ao longo do dia, o próprio Amorim conversou, por telefone, com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.


Durante a conversa, Amorim diz ter tratado da ameaça à embaixada brasileira e também da recusa de Honduras de receber um grupo de representantes da OEA, impedidos de entrar no país, domingo (27).


"A conversa foi tão boa e marcada por tanta concordância, por uma sintonia de pontos de vista que achei não ser necessário fazer nenhuma referência a nenhum outro pronunciamento”, afirmou Amorim, justificando não ter falado como Hillary sobre as declarações do embaixador norte-americano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Lewis Amselem.


Esta tarde, durante reunião extraordinária da organização, Amselem classificou a volta de Zelaya a Honduras, sem que houvesse qualquer acordo prévio com o governo de Micheletti, como uma ação “irresponsável e insensata” e que os que facilitaram seu retorno “têm uma responsabilidade especial em prevenir a violência e fornecer o bem-estar ao povo hondurenho enquanto ele enfrenta outra crise”.




União Estadual dos Estudantes...


Ao observarmos os últimos acontecimentos como o de Honduras, percebemos um retrocesso na democracia política, ameaçando toda e qualquer democracia conquistada pela sociedade.


Honduras, um país da America Central, já viveu grandes golpes desde seu descobrimento em 1502, sendo explorado e tendo seu progresso atrasado pelos conquistadores daquele país; e vive hoje mais um retrocesso e dessa vez pelos golpistas que ali se instalaram. Honduras já teve seus nativos dizimados em nome de um progresso inexistente da Europa; e hoje é em nome da ditadura que o país fica inerte, a população mais uma vez paga e sofre as conseqüências da ganância por poder do Homem.



A União Estadual dos Estudantes condena qualquer tipo de Golpe que ameace a estabilidade democrática de países do mundo.



Defendemos a estabilidade social, pois acreditamos que o progresso de uma Nação anda junto com todos os segmentos, principalmente a democracia, e um país onde a população não pode escolher seus representantes e dizer quem deve representa-los perante o mundo é um país que caminha para o passado.

Imaginamos a população jovem daquele país e qual a perspectiva de vida que almejam ter, já que seu grito é abafado e o direito de se expressar é retirado.




Apoiar o governo golpista de Honduras é apoiar o retrocesso político e, mais que isso, é dizer que a experiência que nosso país teve na ditadura militar, não foi valida. Mostrar que somos imparciais é estar do lado golpista.



Nós, da juventude, temos que nós posicionar totalmente contra o governo de Micheletti, contra o atraso do progresso de Honduras. Mostrar que se lutamos por mais democracia no Brasil, é porque queremos que toda a juventude e toda população mundial lute por mais direitos e menos desigualdades no mundo.




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